terça-feira, 9 de agosto de 2016

ORGULHO DE BRASILEIRA

Chorei quando vi uma parte bem sintetizada da abertura das Olimpíadas. Gisele Bündchen desfilando ao som de “Garota de Ipanema”. Todas as luzes, cores, efeitos especiais, a singeleza também... O 14 Bis decolando! Os atletas carregando bandeiras, desfilando alegres, orgulhosos por estarem representando seu país. Os atletas veteranos, que tanto nos proporcionaram alegrias no passado, Hortência e Gustavo Kuerten levando a tocha até Vanderlei Cordeiro de Lima, que por sua vez, acendeu a pira olímpica, iniciando, oficialmente a abertura dos Jogos Olímpicos do Brasil. Bateu um orgulho de ser brasileira. Um patriotismo que já estava esquecido há algum tempo no fundo do coração, encarcerado pela vergonha de viver em um país em que educação e saúde definham vertiginosamente, para não citar outros quesitos, e estamos assistindo a tudo isso cada vez mais doentes e descrentes, em um país em que aqueles em quem deveríamos confiar nos apunhalam pelas costas em prol do dinheiro e do poder. O patriotismo foi substituído pela revolta e repúdio a eventos como as Olimpíadas. Mas, assistindo à maravilhosa abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, que foi elogiada pela mídia mundial, veio até uma onda de lágrimas em meus olhos sensíveis e faz-me pensar como é bom sentir o sangue de brasileiro correr nas veias, vibrar, torcer, sentir a adrenalina, gritar por nossos jogadores ou competidores e como é catártico quando uma medalha é conquistada. Não podemos negar, é uma festa bonita e até mesmo aqueles que atacaram a tocha olímpica, se renderam ao espetáculo proporcionado a milhões de brasileiros. É histórica, tradicional, cultural; onde o esporte é enaltecido e comemorado. E o que o esporte nos proporciona? Saúde, bem-estar, conquistas, aprendizado, renúncia, como enfrentar desafios, como vencer obstáculos, superação. Tudo isso não é uma boa forma de educar nossos filhos, por exemplo? Pois bem, podemos aprender muito com o esporte. O esporte é algo do bem. Ele salva vidas mergulhadas na depressão, na doença e nas drogas, tira crianças ociosas das ruas. E as Olimpíadas ou a Copa do Mundo são uma forma de divulgação do esporte. Só há um problema no meio desse Bem, a mão podre do homem. A culpa não é das Olimpíadas ou do revezamento da tocha, que é um ato simbólico e histórico, que anuncia o início dos jogos. O erro está na má gestão de nosso país, a má gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros. O erro está na ambição desmedida de nossos governantes e empresários, que não se contentam com seus salários altíssimos, que querem sempre mais, que se corrompem e corrompem perdidamente, sem medir consequências.
            Repito aqui, saibamos escolher nossos governantes em meio ao ninho peçonhento de políticos que nos cercam a cada quatro anos para sugar tudo o que temos de bom em nosso lindo e rico país. Só assim, poderemos nos regozijar de ser brasileiros e vibrar como patriotas, festejar sem culpa ao ver nossos atletas nos representando bravamente em uma competição.


Por: Denise Constantino – 05/08/16

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